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NOTÍCIAS

Por Rui Gonçalves 28 de janeiro de 2025
A Anvisa divulgou a 9ª edição do documento de perguntas e respostas sobre suplementos alimentares , com atualizações importantes para o setor. O documento traz atualizações decorrentes da edição ou revisão de normativos de alimentos, com destaque à RDC 843/2024 e à IN 281/2024 , que tratam sobre a regularização de alimentos, e à RDC 839/2023 , sobre avaliação de segurança de novos alimentos e novos ingredientes.  Para oferecer maior clareza, algumas perguntas foram revisadas e agrupadas, e ajustes gramaticais foram realizados, garantindo uma linguagem mais simples e acessível aos leitores. Também houve a renumeração das perguntas, visando melhorar a organização e facilitar a consulta por temas.
Por Rui Gonçalves 21 de janeiro de 2025
A Internet tornou a compra de produtos de nutrição mais acessível do que nunca, colocando suplementos, vitaminas, chás e alimentos funcionais ao alcance de um clique. No entanto, esse ambiente digital também se tornou um dos principais espaços para a venda e publicidade de suplementos falsificados ou irregulares. Segundo o monitoramento da Vigilância Sanitária, a Anvisa (2024) já emitiu mais de 55 mil notificações para a retirada de anúncios de suplementos irregulares em plataformas de e-commerce.
Por Rui Gonçalves 21 de janeiro de 2025
Usando matérias-primas como alho, linhaça e chia, projeto da UFRJ inventa embalagens que podem se decompor em até seis meses. Além de mais ecológico, produto promete também prolongar a vida útil de alimentos. A preocupação com o impacto ecológico do descarte de plásticos tem impulsionado pesquisas que aliam sustentabilidade à inovação. Uma delas é conduzida por pesquisadores do Instituto de Macromoléculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IMA-UFRJ), que querem transformar o mercado de embalagens a partir de alimentos como linhaça, alho, pimenta e chia. A promessa são bioplásticos produzidos com compostos bioativos extraídos de alimentos funcionais e que se degradam em questão de meses. Compostos bioativos são moléculas de origem natural que desempenham diferentes papéis, como atividade antioxidante, estimulação do sistema imunológico, equilíbrio do nível hormonal e atividade antibacteriana e antiviral. “Essa ideia surgiu por causa dos benefícios que os bioativos têm para a nossa saúde”, explica a professora Maria Inês Tavares, coordenadora do projeto. “Por que não utilizá-los para embalagens alimentícias, mantendo sua biodegradabilidade?” A invenção já está em processo de patenteamento e, além de mais sustentável – segundo os pesquisadores, a extração não envolve o uso de solventes prejudiciais ao meio ambiente –, promete ainda prolongar a vida útil de alimentos. O grupo aposta que a descoberta possa ser uma alternativa importante para a substituição de embalagens comuns. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) , esse setor é o principal responsável pela geração de resíduos plásticos descartáveis globalmente. Cerca de 36% de todo o plástico produzido destina-se a embalagens, incluindo recipientes descartáveis para alimentos e bebidas. Destes, 85% acabam em aterros sanitários ou como lixo mal gerenciado. Menos desperdício e decomposição em 180 dias Os pesquisadores da UFRJ afirmam que suas embalagens têm propriedades antioxidantes e protetoras que prolongam o tempo de prateleira dos alimentos e reduzem o desperdício. Mariana Alves, pesquisadora e integrante da equipe, destaca os resultados do trabalho: “A embalagem aumentou o tempo de prateleira dos alimentos testes em torno de 16 dias fora da refrigeração e 14 dias na geladeira. Ela oferece resistência de barreira semelhante aos plásticos tradicionais, mas se decompõe em aproximadamente 180 dias em condições ambientais favoráveis, preferencialmente em sistema de compostagem.” Durante o processo de decomposição do bioplástico, os cientistas monitoraram a segurança ambiental e as mudanças nos materiais, e concluíram que os bionanocompósitos – materiais criados a partir da combinação de elementos em escala nanométrica – não liberam substâncias tóxicas. “Os polímeros biodegradáveis são transformados em CO2 e água na natureza por micro-organismos, ao contrário dos plásticos comuns, que apenas diminuem de tamanho, formando microplásticos que continuam poluindo o ambiente”, explica Alves. A escolha da matéria-prima para a confecção do bioplástico também foi estratégica, evitando a demanda por alimentos básicos da dieta humana e explorando materiais como folhas e frutos que crescem rapidamente. “No caso da chia, ela tem um potencial antioxidante muito grande, principalmente nos extratos da semente”, afirma Alves. “Vale ressaltar que os bioplásticos têm diferentes materiais que podem fazer parte da composição, mas a degradabilidade dele no meio ambiente não produz nenhum malefício no meio físico, nem na atmosfera, nem no solo, nem na água e não contamina os recursos hídricos”, diz Leonardo Duarte, especialista em bioplásticos e professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), que não participou da pesquisa. Outras aplicações Além do setor alimentício, a pesquisa abre portas para aplicações em áreas como saúde, tecnologia e moda. Nesta última, ainda segundo a ONU, cerca de 60% das roupas são confeccionadas com materiais plásticos, incluindo poliéster, acrílico e nylon. “Estamos animados com a versatilidade dos nanocompósitos e suas múltiplas aplicações. Isso reforça o potencial transformador dessa tecnologia para substituir materiais não renováveis em larga escala”, afirma Tavares, chefe do projeto. Ela lista, entre possíveis usos futuros, próteses, filtros e acessórios biodegradáveis. Um estudo recente do Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR) da Unicamp publicado na revista Nature mostra que o Brasil pode substituir plásticos derivados do petróleo por bioplásticos até 2050, sem aumentar o desmatamento ou degradar o meio ambiente. Potencial de crescimento Atualmente, os bioplásticos representam cerca de 0,5% das mais de 400 milhões de toneladas de plástico produzidas anualmente, segundo a associação European Bioplastics, que representa a indústria do setor. No Brasil, onde os resíduos plásticos urbanos somaram 13,7 milhões de toneladas em 2022 — o equivalente a 64 quilos por habitante, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) —, ainda faltam dados oficiais sobre a produção ou comercialização de bioplásticos. Apesar disso, especialistas ouvidos pela reportagem apontam um aumento expressivo na demanda pelo material, impulsionado pela pressão de consumidores e mercados globais por alternativas sustentáveis. Um deles é o professor Duarte, líder do grupo de engenharia e monitoramento de biossistemas da UFRRJ. Ele estuda o segmento há mais de 20 anos e desenvolveu um bioplástico feito a partir de resina de babosa (aloe vera) combinada com amido de batata-doce, ambos cultivados de forma orgânica. Segundo ele, a biodiversidade brasileira é um diferencial significativo para o desenvolvimento de bioplásticos. “Essa riqueza aumenta nossa chance de obter resultados variados e materiais inovadores. Cada região do Brasil pode desenvolver soluções específicas, explorando sua matéria-prima local. Isso enriquece a pesquisa e reforça nosso papel no cenário internacional.” Por outro lado, Cristiane Siqueira, doutora em engenharia de processos químicos e bioquímicos e coordenadora do mestrado em Ciências Ambientais da Univassouras, no Rio de Janeiro, pondera que desafios estruturais limitam a cadeia produtiva de bioplásticos no país. “Temos grande potencial graças à disponibilidade de matérias-primas, como resíduos agroindustriais. Contudo, os principais gargalos incluem o custo elevado, a infraestrutura insuficiente para descarte adequado e a falta de conscientização do consumidor e da indústria”, avalia. Embora o Brasil já tenha iniciativas de uso de bioplásticos, como em embalagens de cosméticos, escovas de dente e cápsulas de café, Siqueira enfatiza que muitos projetos permanecem no universo acadêmico ou no estágio experimental de empresas. “Uma parcela reduzida alcança o consumidor final. É necessário investir em políticas públicas e incentivos para viabilizar a aplicação em larga escala, especialmente em áreas como a médica, onde o impacto pode ser ainda maior”, diz. Fonte: CFN
Por Rui Gonçalves 21 de janeiro de 2025
Um estudo publicado recentemente na revista científica Nature revelou que, em 2020, quase 10% dos novos casos de diabetes tipo 2 no mundo estavam associados ao consumo de bebidas adoçadas, como refrigerantes, sucos industrializados e energéticos. A pesquisa, que analisou dados de 184 países, também estimou que o consumo desses produtos foi responsável por cerca de 340 mil mortes no mesmo período, relacionadas ao diabetes e a doenças cardiovasculares. Os especialistas destacam que as bebidas açucaradas são rapidamente digeridas, elevando os níveis de glicose no sangue de forma abrupta. O consumo frequente pode levar ao ganho de peso, à resistência à insulina e ao desenvolvimento de doenças metabólicas, como o diabetes tipo 2, além de aumentar o risco de problemas cardíacos. O impacto global dessas bebidas é mais evidente em regiões como a América Latina e o Caribe, onde aproximadamente 24% dos novos casos de diabetes tipo 2 estão relacionados ao consumo de bebidas açucaradas. No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que as doenças cardiovasculares são responsáveis por 30% das mortes no país, enquanto o diabetes causou mais de 750 mil óbitos entre 2010 e 2021. Medidas fiscais podem contribuir para a redução do consumo O estudo também analisou a evolução de casos e mortes desde 1990, destacando o impacto de políticas públicas em países como o México, que apresenta altos índices de consumo de bebidas adoçadas. Nos últimos anos, houve uma redução no número de casos atribuídos a essas bebidas, resultado de um imposto implementado em 2014 que encareceu esses produtos. No Brasil, uma medida semelhante foi aprovada pela Câmara no final de 2024, aumentando as taxas de imposto sobre bebidas açucaradas. A iniciativa, proposta pelo governo federal, está prevista para entrar em vigor em 2026 e tem como objetivo desestimular o consumo desses produtos e melhorar os indicadores de saúde no país.  Fonte: Revista Nature
Por Rui Gonçalves 14 de janeiro de 2025
Um novo estudo, conduzido pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, revelou que o consumo de alimentos ultraprocessados está relacionado a uma menor adesão à chamada “dieta planetária”. A pesquisa analisa o comportamento alimentar dos brasileiros e traz um alerta importante sobre os efeitos do alto consumo de ultraprocessados para a saúde humana e o planeta. Leandro Cacau, pesquisador do Nupens e um dos autores do estudo, explica a dieta planetária e seus impactos positivos na saúde. “Dieta da saúde planetária, a gente poderia defini-la como um modelo de dieta de referência que tem o principal objetivo de ser saudável, tanto para a nossa saúde, para a saúde das populações, dos indivíduos, mas também para a saúde planetária, respeitando os limites planetários do nosso planeta. E essa dieta foi proposta em 2019 por um grupo de cientistas de diversas áreas do conhecimento, de nutrição, de saúde, de agronomia e de produção sustentável”, afirma Cacau. O consumo de ultraprocessados, que inclui alimentos como salgadinhos industrializados e biscoitos recheados, está associado a uma menor conformidade com os princípios da dieta planetária. Alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, vegetais e grãos, por outro lado, promovem uma maior adesão a essa alimentação saudável e ambientalmente responsável. Essa nova pesquisa reafirma a importância de limitar a ingestão de ultraprocessados em prol de uma dieta mais natural e sustentável. Além dos impactos diretos na saúde, estudos anteriores já indicaram que o consumo elevado de ultraprocessados pode contribuir para a degradação ambiental. A produção desses alimentos envolve processos industriais complexos e o uso de ingredientes como aditivos químicos, que, a longo prazo, podem causar desequilíbrios ecológicos e aumentar as emissões de gases de efeito estufa. “E, nesse caso, quando a gente pensa em um modelo de dieta sustentável, que também pensa no meio ambiente, claro que a gente vai preferir alimentos que sejam de origem vegetal,” exemplifica. O estudo brasileiro usou dados do Inquérito Nacional de Alimentação de 2017-2018 e da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, analisando padrões de consumo alimentar da população. Os pesquisadores concluíram que, quanto maior o consumo de alimentos ultraprocessados, menor a adesão à dieta planetária. Alimentos como milho enlatado e vegetais frescos, que passam por processamento mínimo, são recomendados por serem mais saudáveis e menos prejudiciais ao meio ambiente. As recomendações da dieta planetária estão alinhadas com as diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira, que, segundo Cacau, já há uma década preconiza a preferência por alimentos in natura e a redução dos ultraprocessados. “Nosso estudo reforça as evidências acumuladas de que uma alimentação mais natural é essencial para a saúde e o meio ambiente”, comenta o pesquisador. Em relação às políticas públicas, o estudo ressalta a necessidade de promover o conhecimento sobre o impacto dos ultraprocessados para que os consumidores possam fazer escolhas mais conscientes. Segundo Cacau, “essa evidência científica é fundamental para orientar o poder público e fortalecer políticas de incentivo à alimentação saudável”. Fonte: USP
Por Rui Gonçalves 14 de janeiro de 2025
Você deve conhecer pelo menos uma pessoa que pegou dengue recentemente ou já contraiu a doença em algum momento. Com o aumento de casos no país, é importante entender quais informações sobre a dengue são realmente verdadeiras. Por isso, fizemos um compilado para responder às principais dúvidas da população e acabar de vez com as desinformações sobre a doença que circulam por aí. Confira abaixo as orientações dos especialistas em saúde e proteja-se. Dengue só existe no verão? Falso. As altas temperaturas combinadas com chuvas frequentes, como acontece no verão, realmente favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, ocorrendo um aumento significativo de casos no período de outubro a maio. Porém, isso não impede a contaminação em outras estações do ano, inclusive as mais frias. Por exemplo, os ovos se tornam resistentes à dessecação e podem sobreviver por períodos que vão de vários meses até mais de um ano (diapausa). Dessa forma, com a elevação de temperatura no inverno e chuvas, em vida latente, as larvas poderão emergir a qualquer momento em que os ovos forem colocados em contato com a água desde que esta contenha o estímulo necessário para fazê-los eclodir. Após completar o ciclo de vida até a fase adulta, o mosquito pode iniciar uma nova infestação. Se uma fêmea picar uma pessoa infectada com o vírus da dengue, ela pode se contaminar e iniciar a cadeia de transmissão da doença para outras pessoas ao picá-las. Se uma pessoa pegar dengue pela segunda vez já é hemorrágica? Falso. O risco de desenvolver quadros mais graves em uma segunda infecção é real, mas não é a regra. Esse cenário de alerta também pode ocorrer já na primeira contaminação. Vale ressaltar que, por recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o termo dengue hemorrágica não é mais utilizado, tendo sido substituído pelos termos dengue grave e dengue com sinais de alarme. Há quatro tipos de sorotipos do vírus da dengue. Isso significa que se uma pessoa foi infectada por um dos tipos existentes, ela ainda pode ser reinfectada pelas outras três variantes com as quais ela não teve contato. Por isso, todo cuidado é pouco. A dengue pode ser transmitida de pessoa para pessoa? Falso. Apesar de ser um vírus, a dengue não é transmitida pelo ar ou pelo contato com uma pessoa infectada. A única forma de transmissão da doença é por meio da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. A vacina é a única forma de proteção contra a doença? Falso. O combate aos criadouros do mosquito é a principal forma de prevenção da dengue e das demais arboviroses transmitidas pelo mosquito, como Zika e Chikungunya. Eliminar os focos de proliferação do mosquito (locais que permitem o acúmulo de água parada, como caixas-d’água, vasos de plantas, lixo, pneus, tampinhas de garrafa, entre outras) é a ação mais importante de combate. É importante lembrar que a participação da população é fundamental, já que grande parte dos focos do mosquito estão dentro das casas das pessoas. Os cuidados devem ser realizados ao longo de todo o ano e não apenas no verão. O uso de repelentes, mosquiteiros e de roupas que protegem as pernas e os braços também fazem parte das orientações de proteção contra a dengue. E lembre-se: receba os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade. Piscinas são criadouros do mosquito transmissor da dengue? Falso, mas é preciso explicar. Se a água da piscina estiver com o tratamento em dia e com a concentração de cloro recomendada, o mosquito não consegue se reproduzir. Entretanto, se a piscina não estiver com a manutenção adequada, o Aedes aegypti pode sim se reproduzir no local. As larvas passam a maior parte do tempo alimentando-se de detritos orgânicos animais ou vegetais, bactérias, fungos e protozoários existentes na água, mas não toleram elevadas concentrações de matéria orgânica. A água salgada e a água com elevada concentração de cloro servem como repelentes contra o mosquito, tornando o ambiente difícil para reprodução. Ar-condicionado e ventilador protegem contra o mosquito? Falso. Os aparelhos podem até inibir a atividade do mosquito da dengue, mas não impedem que ele permaneça no ambiente e pique uma pessoa. O que ocorre é que o ar-condicionado mantém o ambiente frio e fechado e o ventilador dificulta a aproximação do bicho por causa do vento, mas as medidas são temporárias e não garantem proteção contra o mosquito. Ter uma boa alimentação aumenta a imunidade contra a dengue? Falso. Uma boa alimentação aumenta a imunidade, por ser um passo fundamental para manter o organismo saudável e ajudar o sistema imunológico a ficar mais resistente. Mesmo assim, isso não impede o indivíduo de ser picado pelo mosquito e contrair a doença. É possível uma pessoa contrair dengue e outras doenças ao mesmo tempo, como zika e chikungunya? Verdadeiro. O Aedes aegypti pode transmitir a dengue, a zika e a chikungunya ao mesmo tempo. De acordo com um estudo da Universidade do Colorado (EUA), realizado em 2017, é possível uma pessoa contrair em uma única picada as três doenças.
Por Rui Gonçalves 14 de janeiro de 2025
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) realizará uma série de Encontros Regionais para nutricionistas responsáveis pela alimentação nos Institutos Federais e seus respectivos campi. O objetivo é promover formação continuada e ouvir as necessidades desses profissionais, que enfrentam desafios diários no cuidado alimentar e nutricional de alunos e servidores das instituições. Os encontros serão virtuais e divididos em dois dias: o primeiro dia será dedicado à formação, abordando temas importantes e esclarecendo dúvidas comuns entre os nutricionistas. No segundo dia, será realizada uma oficina de escuta, com o intuito de identificar os principais desafios e mapear as demandas dos nutricionistas nos Institutos Federais. O calendário dos Encontros Regionais já está definido para as seguintes regiões: Centro-Oeste : 29 e 30 de janeiro – Inscrições Sudeste : 19 e 20 de fevereiro – Inscrições Sul : março (data a definir) – Inscrições Norte : março (data a definir) - Inscrições Nordeste: abril (data a definir) - Inscrições Os nutricionistas dos Institutos Federais devem manifestar seu interesse apenas no encontro destinado à sua região. Após a manifestação, será enviado um ofício com o link de acesso aos encontros e demais informações necessárias. Além dos Encontros Regionais, a COSAN promoverá também um Encontro Virtual exclusivo para as demais instituições da Rede Federal, como os Colégios de Aplicação, Colégios/Escolas Militares, CEFETs, entre outros. Esse encontro ocorrerá em abril, e os nutricionistas dessas instituições também deverão se inscrever pelo link específico que pode ser acessado aqui. A participação nos encontros garante a emissão de um certificado, e a COSAN reforça a importância da presença de todos para o sucesso da iniciativa. Para mais informações e esclarecimentos, os nutricionistas podem entrar em contato através do e-mail: cosan@fnde.gov.br.
Por Rui Gonçalves 14 de janeiro de 2025
Todo início de ano é assim: a gente faz um monte de planos e promessas, que muitas vezes não são cumpridas. Mas uma coisa não pode ficar de lado: a saúde, tanto física, quanto mental. O começo do ano é época da Campanha Janeiro Branco, movimento brasileiro sobre Saúde Mental que há mais de uma década convida a sociedade a refletir, dialogar e agir em prol do bem-estar emocional. A iniciativa foi criada em 2014 pelo psicólogo, palestrante e escritor mineiro Leonardo Abrahão. Hoje, a campanha é um marco no calendário brasileiro e, desde 2023, é reconhecida oficialmente como lei federal. Todo ano há um tema. O de 2025 é “O que fazer pela saúde mental agora e sempre?”. A ideia é fazer com que pessoas, famílias, empresas e instituições públicas e privadas apoiem ações concretas que estimulem a valorização da saúde mental como prioridade coletiva. Palestras, rodas de conversa, oficinas, caminhadas, corridas e eventos culturais estão previstos em diversas cidades do país, reunindo psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, enfermeiros, educadores, gestores, líderes comunitários, mídias e a população em geral. Cristiano Nabuco, psicólogo especialista em dependência tecnológica, enumera alguns sinais de que a saúde mental corre perigo e faz uma observação. "Consumo excessivo de álcool, comprar de maneira demasiada, enfim, sempre que eu saio do meu ponto de equilíbrio, isso pode ser um forte indicador de que algo não vai bem. Os profissionais de saúde que são treinados para ajudar não vão chegar e dizer como deve viver melhor a sua vida, a vida é sua. O que ele vai fazer? Ele vai provocar reflexões que muitas vezes tem esse fator de cura." Cristiano alerta que - quando as sensações e sentimentos mudam - pode ser sinal de que é preciso procurar um profissional. "Primeiro: sensação constante de cansaço ou esgotamento emocional. Segundo: dificuldade de se concentrar como antes. Dificuldade de ter satisfação em coisas que eram muito agradáveis. Um outro elemento envolve alterações no sono: insônia, quando não se consegue dormir ou excesso de sono, e questões ligadas ao apetite." Quem quiser apoiar a campanha pode fazer o download gratuito de folders, cartazes, banners, faixas, bottons, cartilhas e panfletos no site oficial do Movimento Janeiro Branco . Os materiais vêm com orientações didáticas e acessíveis sobre saúde mental. Fonte: Agência Brasil
Por Rui Gonçalves 20 de dezembro de 2024
Nesta época do ano, a cozinha costuma ser um dos cômodos mais concorridos das casas. A ceia é uma tradição que reúne familiares e amigos ao redor da mesa. Então, para garantir que tudo corra bem, é essencial observar a segurança sanitária durante a preparação e o consumo dos alimentos. Vamos começar do início? Estamos falando das compras! Veja se os produtos estão dentro da validade e conservados nas temperaturas e condições adequadas. É importante também verificar se as embalagens estão íntegras, sem sinal de danos, como umidade, furos e rasgos. Aproveite e espie os rótulos. A lupa na frente da embalagem chama a atenção para altos teores de açúcares adicionados, gordura saturada e sódio. Em casa, guarde os produtos conforme as orientações do fabricante, que estão presentes no rótulo. Alimentos conservados em temperaturas superiores às necessárias podem ser foco de multiplicação de micróbios. Higienização das mãos Lave as mãos antes de iniciar a preparação dos alimentos. Essa dica também é válida após a realização de outras atividades, como abrir a porta, ir ao banheiro e utilizar eletrodomésticos, por exemplo. É fundamental higienizar também bancadas, superfícies e utensílios que serão utilizados, como facas e tábuas para corte. A higienização é importante porque os micróbios das mãos e do ambiente podem contaminar os alimentos e provocar as chamadas doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHAs). Crus e cozidos: cada um no seu lugar Evite o contato de alimentos crus com alimentos cozidos. Além disso, lave os utensílios usados no preparo de alimentos crus antes de utilizá-los em alimentos cozidos. Isso deve ser feito porque os alimentos crus podem conter micróbios perigosos. A intenção é não transferir os possíveis micróbios dos alimentos crus para os cozidos durante a preparação. Na hora de armazená-los, vale a mesma regra: guarde os alimentos crus e os cozidos em embalagens ou recipientes exclusivos e fechados. Frutas e verduras costumam carregar micróbios do seu ambiente natural. Por isso, é importante lavar esses alimentos em água corrente para retirar as sujeiras visíveis (terra e insetos) e, depois, deixá-los de molho em uma solução própria para sanitização e enxaguá-los. Cuidado! Leia o rótulo do sanitizante, veja se o produto está regularizado na Anvisa, se há indicação para uso em alimentos e siga as orientações de diluição e tempo de contato. Mexendo a panela O cozimento dos alimentos é um ponto importante para garantir a sua segurança sanitária. A comida deve atingir uma temperatura que seja adequada para matar os micróbios mais nocivos. Por isso, recomenda-se cozinhar bem as carnes. Para ter certeza do completo cozimento, verifique a mudança na cor e a textura na parte interna do alimento. No caso de carnes bovinas e de aves, tome cuidado para que as partes internas não fiquem cruas (vermelhas). Os sucos dessas carnes devem ser claros e não rosados. Ceia pronta e conservação Atenção à temperatura e ao tempo para servir os quitutes. Os micróbios se multiplicam rapidamente em temperatura ambiente. Alimentos quentes devem ser mantidos até a hora de servir em temperatura alta (acima de 60ºC) e alimentos frios, em temperaturas mais baixas (abaixo de 5ºC). Procure diminuir ao máximo o tempo entre o preparo e o consumo dos alimentos. Não dê chance para que os micróbios acabem com a sua festa! Sobrou comida? Guarde os alimentos cozidos e os perecíveis na geladeira (abaixo de 5ºC). O prazo máximo de consumo do alimento preparado e guardado sob refrigeração deve ser de cinco dias. Não descongele alimentos à temperatura ambiente. O descongelamento deve ser realizado em condições de refrigeração, em temperatura inferior a 5ºC, ou em forno de micro-ondas, quando o alimento for submetido imediatamente ao cozimento. Por que não pode tirar um alimento do freezer e colocar sobre a bancada da pia para degelar até a hora do preparo? Porque os micróbios se multiplicam rapidamente se os alimentos estiverem em temperatura ambiente. Mantendo a temperatura abaixo dos 5ºC e acima dos 60ºC, sua multiplicação é retardada e até evitada. DTHAs: entenda As doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHAs) são provocadas pelo consumo de alimentos ou água com micróbios prejudiciais à saúde, parasitas ou substâncias tóxicas. No geral, eles entram em contato com o alimento durante a manipulação e o preparo. Daí a importância de se manter os ambientes limpos e higienizados. Os sintomas mais comuns das DTHAs são vômito e diarreia, além de dores abdominais, dor de cabeça, febre, alteração da visão e olhos inchados, entre outros. No caso de adultos sadios, as DTHAs duram poucos dias e não deixam sequelas. Para crianças, grávidas, idosos e pessoas doentes, as consequências podem ser mais sérias. Por isso, é melhor prevenir do que remediar! Fonte: ANVISA
Por Rui Gonçalves 8 de outubro de 2024
O Ministério da Saúde lançou um guia de bolso sobre mudanças climáticas e os efeitos na saúde humana, voltado para profissionais como médicos e enfermeiros. O material, segundo a pasta, foi montado a partir de uma publicação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), com linguagem e necessidades adaptadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). Em nota, o ministério informou que a proposta do documento é facilitar o atendimento de profissionais da saúde, incluindo agentes comunitários de saúde e outros, permitindo o acesso rápido a informações relacionadas a mudanças climáticas e à saúde humana, de forma que as orientações aos pacientes sejam feitas com maior segurança. “As mudanças climáticas são uma realidade recente para a população e, para os profissionais, não é diferente. Por isso, o documento é fundamental para uma pronta resposta às necessidades dos brasileiros”, destacou a pasta, ao citar que as mudanças climáticas afetam não apenas a saúde das pessoas, mas também a estrutura dos serviços de saúde. Ondas de calor, inundações e secas extremas, segundo o ministério, trazem preocupação adicional tanto para quem organiza os serviços de saúde como para quem presta assistência aos pacientes. O guia será entregue a trabalhadores do SUS e também está disponível no portal do ministério. Entenda Com mais de 130 páginas, o guia traz informativos sobre alterações em tratamentos cardiovasculares, respiratórios, renais, oftalmológicos, cutâneos, gastrointestinais e neurológicos, além de recomendações sobre o impacto de efeitos climáticos na saúde mental e materno-infantil. O material também aborda zoonoses (doenças infecciosas transmitidas entre animais e pessoas) e doenças de transmissão vetorial, como dengue, malária, doença de Chagas, leishmaniose, febre amarela, febre do Oroupouche, mayaro, filarioses e febre do Oeste do Nilo. O documento traz orientações específicas para pacientes e para comunidades em geral.
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