No Brasil, o mês de abril é marcado pelo aumento no consumo de pescados. Isso se justifica pela tradição de algumas religiões de pregarem a diminuição do consumo de carne vermelha durante a Semana Santa. A Associação Brasileira de Piscicultura (PeixeBR) aponta que cada brasileiro come, em média, 10 quilos da carne branca por ano, o que coloca o País entre os 15 maiores produtores do mundo.
A nutricionista Thallyne Pereira, conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas 6ª Região (CRN-6), explica que, em geral, os pescados são fontes de proteínas e apresentam um baixo índice de gordura. “O peixe é um alimento delicioso, que é super presente na nossa matriz alimentar, mas exige um cuidado especial na hora da compra. Isso porque a ingestão fora das condições apropriadas pode causar alergias, dor de cabeça, vômito, diarréia e desidratação”, explica. São inúmeras opções de peixes, tanto de água doce quanto de água salgada, além de frutos do mar.
A nutricionista explica que o primeiro cuidado na compra dos pescados é o cuidado com o local de aquisição dos produtos. O pescado pode se apresentar de diversas formas: fresco, congelado, salgado, enlatado ou em conserva. CAda um com suas particularidades. O que vale ressaltar é que a preferência é sempre o consumo de alimentos minimamente processados. “Assim como todo alimento, quanto mais fresco melhor”, explica.
Pescados Frescos
De acordo com Thallyne, “o peixe fresco deve ser mantido sob refrigeração, coberto com gelo, com a superfície do corpo limpa, brilho metálico, sem coloração atipica, os olhos brilhantes e salientes, as brânquias podem variar de róseas a vermelhas e precisam estar úmidas e sem limosidades, a musculatura também deve estar firme e elástica e o odor deve ser próprio da espécie”. Sua conservação é feita com gelo ou por meio de balcões refrigerados, a uma temperatura em torno -2°C e 2°C.
Pescados congelados
Os produtos congelados são submetidos industrialmente a temperaturas inferiores a -25°C e depois mantido a temperaturas inferiores a -15°C. Geralmente é comercializado congelado, filetado ou em postas. “Na aquisição dos pescados congelados, o consumidor deve observar se o alimento se apresenta exposto em balcões frigoríficos/freezers limpos, higienizados e organizados por produtos, com demonstração da temperatura de congelamento do equipamento. Também é muito importante verificar se há presença de poças de água ou produtos molhados no interior dos balcões de refrigeração. Isso pode indicar que o equipamento pode ter sido desligado”.
Também é importante ressaltar que os produtos devem apresentar informações obrigatórias de rotulagem. As embalagens devem trazer ainda os selos do serviço de inspeção federal (SIF), estadual (SIE) ou municipal (SIM).
Já os pescados seco, salgado ou desidratado sçao os itens que passam por processo de adição de sal ou não e por secagem. “Para pescados secos, é importante verificar se está armazenado em local limpo, protegido de poeira e insetos”, explica Thallyne. Além disso, o produto deve estar livre de sinais de mofo, ovos ou larvas de moscas, manchas escuras ou avermelhadas na superfície, limosidade, amolecimento ou odor desagradável.
Quando for comer produtos enlatados, é fundamental verificar se a lata está íntegra, sem nenhum amassado, estufada ou enferrujada. Já o pescado em conserva “ao natural” ou pescado em conserva “em azeite ou óleos comestíveis são armazenados em recipientes esterilizados, geralmente em frascos de vidro. “Os frascos não devem apresentar espuma nem líquido turvo ou opaco em seu conteúdo. As tampas também auxiliam na manutenção da qualidade do alimento, de forma que não devem estar danificadas, já que isso poderia causar a alteração do alimento”, afirma.
Vale lembrar que a ingestão fora das condições apropriadas pode causar alergias, dor de cabeça, vômito, diarréia e desidratação.
Foto: Agência Brasil
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